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Avaliação da toxicidade aguda e subletal do Mancozebe em Pacamã (Lophiosilurus alexandri)

Resumo

O potencial tóxico dos fungicidas ditiocarbamatos amplamente usados na agricultura mundial é bem conhecido, e entre estes, o Mancozebe é um dos mais utilizados. Esse estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade do Mancozebe, determinando a CL50% do produto e as alterações comportamentais e histológicas, observadas em peixes da espécie pacamã através de testes de toxicidade aguda e subletal. O primeiro experimento foi realizado em alevinos de pacamã expostos a dosagens de 0,5, 1, 2, 4 e 8mg/L de Mancozebe sob a forma ManzateWG®, por um período total de 96 horas no experimento agudo, e no segundo experimento os peixes foram submetidos a concentrações de 1/10 daquelas utilizadas no experimento agudo (0,05, 0,1, 0,2, 0,4 e 0,8mg/L, respectivamente), a exposição no segundo experimento foi de 15 dias. A concentração letal a 50% do ManzateWG® foi calculada ao fim do experimento agudo, apresentando um valor de 2,29mg/L às 96h para alevinos de pacamã. Avaliou-se o comportamento por meio da observação diária dos peixes, notando-se o aumento da produção de muco assim como comportamento social atípico naqueles indivíduos expostos ao agente tóxico. A análise histopatológica foi conduzida nos fígados coletados após a conclusão do experimento subletal, identificando as principais alterações hepáticas como vacuolização citoplasmática, infiltrado inflamatório e necrose. O Mancozebe apresenta potencial tóxico e é capaz de gerar alterações comportamentais, assim como aumentar o risco de lesões hepáticas em pacamãs expostos a este composto.

Palavras-chave:
biomarcadores; ecotoxicologia; peixe; CL50

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