Resumo
Foi avaliado o crescimento e sobrevivência de Betta splendens, quando submetidos à dieta formulada e alimento vivo. Foram utilizadas três dietas experimentais e designadas como: dieta formulada (ração); alimento vivo (plâncton) e dieta mista (ração com plâncton). O plâncton pertence ao tanque externo de cultivo. Alta mortalidade foi observada no tratamento com alimento vivo (plâncton) e a mais alta sobrevivência na dieta formulada. No tratamento com dieta mista foram observadas as maiores taxas de crescimento específico, ganho de peso e peso final, sendo significativamente diferentes (p<0,01) dos outros tratamentos. No conteúdo do trato digestório do B. splendens nos tratamentos dieta mista e alimento vivo, as espécies de Rotifera e Bacillariophyceae foram encontradas acima de 78% do total de organismos observados. Lecane sp. foi a espécie de zooplâncton mais ingerida por B. splendens em ambos os tratamentos (dieta mista e alimento vivo) e de fitoplâncton foi Asterionella sp. (dieta mista) e Melosira sp. (alimento vivo). Os resultados do presente estudo indicaram que a dieta formulada (ração) influenciou alguns parâmetros da água, como oxigênio dissolvido, sólidos totais solúveis, sólidos totais solúveis, sólidos totais suspensos e pH, e o alimento vivo não foi suficiente para incrementar o crescimento e a sobrevivência de B. splendens. A dieta mista promoveu o maior crescimento do B. splendens possibilitando a sobrevivência de 82% e, o desenvolvimento desta espécie em condições artificiais, beneficiando o manejo do cultivo deste peixe ornamental.
Palavras-chave:
peixes ornamentais; plâncton; dieta formulada; crescimento; aquicultura