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Investigação sobre a genotoxicidade de araticum (Annona crassiflora Mart. Annonaceae) usando SOS-Induteste e Teste de Ames

Embora o uso de plantas medicinais ou de produtos naturais venha aumentando nas últimas décadas no mundo todo, existem poucas informações acerca de seu risco potencial para a saúde. Annona crassiflora Mart., uma planta comumente conhecida como araticum no Brasil, tem tido amplo uso em medicina popular há muito tempo, uma vez que suas sementes e folhas são frequentemente empregadas no tratamento de câncer, picadas de cobras e doenças venéreas, seus frutos são consumidos como tônico e adstringente, e o pó da casca de seu tronco apresenta propriedades antifúngicas e antirreumáticas. Para avaliar as propriedades genotóxica e mutagênica induzidas pelo extrato etanólico das folhas de araticum, utilizaram-se os testes de indução do profago λ (Induteste) e de mutagenicidade bacteriana. Foram empregadas as linhagens WP2s(λ) e RJF013 de Escherichia coli no teste de indução lisogênica, enquanto os estudos sobre mutagenicidade foram conduzidos utilizando as linhagens auxotróficas para histidina TA97a, TA98, TA100 e TA102 de Salmonella typhimurium. Cada experimento foi executado três vezes em duplicata, incluindo controles positivo e negativo. Não foram obtidos resultados positivos estatisticamente significativos (p > 0,05) para quaisquer das linhagens testadas, o que sugere que o extrato etanólico das folhas de araticum não apresentou mecanismos diretos de genotoxicidade ou mutagenicidade que pudessem ser detectados pelos testes usados no presente estudo.

Annona crassiflora; araticum; genotoxicidade; mutagenicidade; Induteste; Teste de Ames


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