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A heterogeneidade florística do Pantanal e a ocorrência de espécies com diferentes estratégias adaptativas ao estresse hídrico

O Pantanal caracteriza-se pela diversidade de ambientes com áreas que variam desde intenso alagamento, periódico ou permanente, a áreas com baixo índice de alagamento até ambientes nunca alagados. Espécies vegetais que habitam a planície distribuem-se em nichos específicos, com influência de vários domínios fitogeográficos, entre eles a Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Amazônica, Chaco e Cerrado, além de remanescentes rochosos, prevalecendo grande amplitude ecológica de seus componentes. Nas áreas de intenso alagamento, macrófitas aquáticas se distribuem amplamente, com dinâmica intimamente ligada ao tempo, intensidade e amplitude de alagamento. Apesar de o termo Pantanal induzir a ideia de ambiente de alagamento intenso, para muitas espécies, as variações do nível da água num ciclo sazonal não atingem o sistema radical diretamente. A diversidade de paisagens na planície é moldada pelo pulso de inundação que interfere diretamente na dinâmica das comunidades de plantas. Assim, retração ou expansão de populações ou comunidades, reflete características ecológicas importantes, a exemplo do aparato morfológico, anatômico e ecofisiológico das espécies, cujo fenótipo é resultante de genótipo particular. Neste trabalho, são discutidas questões peculiares sobre a adaptação das espécies distribuídas no bioma Pantanal e ressaltada a importância de abordagens multidisciplinares para obtenção de dados conclusivos em estudos adaptativos.

pulso de inundação; aparatos ecofisiológicos; adaptação de espécies


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