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Primeira descrição molecular de casos autóctones urbanos de leishmaniose visceral canina na cidade de Belém, Pará, Brasil

Resumo

A leishmaniose é uma antropozoonose transmitida por vetores, sendo os cães os principais reservatórios domésticos. O Brasil é um dos países mais acometidos por esta doença, sendo descrita em humanos e cães em todas as regiões do país. Na região norte casos de leishmaniose em humanos foram descritos em mais de 100 municípios do Estado, incluindo a capital, Belém. Este estudo envolve dois casos de leishmaniose visceral canina em que os animais desenvolveram sinais clínicos compatíveis com a doença em áreas urbanas de Belém, capital do estado do Pará. O diagnóstico foi confirmado pela reação em cadeia da polimerase (PCR) para detectar o SSUr-rDNA e kDNA de Leishmania sp e Leishmania infantum, respectivamente. Em um dos casos o animal veio a óbito e no outro o animal foi submetido a tratamento com medicamentos prescritos para cães. Por meio desse tratamento, a parasitemia no segundo animal foi mantida sob controle e está sendo monitorada por meio de testes moleculares. Anteriormente, nenhum caso canino havia sido notificado em bairros urbanos da cidade de Belém, apenas na ilha de Cotijuba, distante 29 quilômetros da cidade. Casos de leishmaniose canina e humana foram registrados próximo à capital, Belém, que possui áreas de vegetação conservada e onde foi descrita a presença de vetores de doenças. Assim, como tem sido registrado em várias outras cidades brasileiras, este estudo utiliza achados clínicos e laboratoriais para confirmar a presença de casos autóctones de leishmaniose visceral canina na cidade de Belém.

Palavras-chave:
leishmaniose visceral; cães; zoonose; reação em cadeia da polimerase; diagnóstico molecular

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