Este trabalho objetivou avaliar o potencial da alga marinha verde Ulva fasciata Delile como fonte alternativa de fibra alimentar. Foram realizadas a determinação do teor de fibra alimentar total e a descrição de algumas propriedades físico-químicas, e os efeitos fisiológicos da farinha da alga seca sobre ratos alimentados com dieta hipercolesterolemizante foram investigados. Esta alga pode ser considerada uma fonte alternativa potencial de fibra com cerca de 400 g.kg-1 (base seca) e propriedades físico-químicas interessantes: uma capacidade de retenção de água de 8,74 g/água.g-1 de amostra seca (farinha de alga) e 0,90 (extrato de carboidratos), uma capacidade de adsorção de lipídeos de 4,52 g/óleo.g-1 de amostra seca (farinha de alga) e 5,70 (extrato de carboidratos), uma viscosidade intrínseca de 2,4 dl.g-1 (extrato de carboidrato da alga) e capacidade de troca iônica de 3,51 Eq.kg-1 (extrato de carboidrato). A dieta contendo farinha de alga foi capaz de manter baixos os níveis de colesterol total de ratos sem causar aumento indesejável na fração LDL-C. Nenhuma evidência de componentes tóxicos e/ou antinutricionais na farinha de alga foi encontrada. Os ratos mostraram um volume fecal maior (13 g) do que aqueles alimentados com dieta contendo celulose como fonte de fibra (7 g) (p < 0,05). Essas propriedades conferem a alga o potencial de ser utilizada na tecnologia de alimentos para a aquisição de alimentos de baixas calorias, podendo ser importante para o controle do peso corporal, redução do colesterol sanguíneo total e da fração LDL-C, como também na prevenção de doenças gastrintestinais.
Ulva fasciata; fibra alimentar; macroalgas; caracterização fisiológica e físico-química