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Potencial enzimático ligninolítico de Trametes spp. associado à serapilheira em áreas de mata ciliar da região amazônica

Resumo

Este estudo investigou o potencial da serapilheira como fonte de fungos capazes de produzir enzimas ligninolíticas para a biodegaradação de corante antraquinônico. Entre as colônias isoladas do material de serapilheira, apenas três colônias de duas espécies de Trametes. foram selecionados com base na detecção de halos de oxidação e descoloração em placas de Petri com PDA (Batata-Dextrose-Ágar) + Guaicol e PDA + RBBR (Azul Brilhante de Remazol R). A identificação das colônias foi através do sequenciamento da região ITS. A atividade enzimática de Lac (lacase), MnP (manganês peroxidase) e LiP (lignina peroxidase) foi avaliada por espectrofotometria durante a fermentação em meio BD+RBBR. Os isolados A1SSI01 e A1SSI02 foram identificados como Trametes flavida, enquanto A5SS01 foi identificado como Trametes sp. A lacase mostrou a maior atividade enzimática, atingindo 452,13 UI.L-1 (A1SSI01, 0,05% RBBR) após 96h. O isolado A1SSI02 alcançou o maior percentual de descoloração, atingindo 89,28% em sete dias. Os resultados sugerem que esses isolados de Trametes podem ser eficazes em sistemas de tratamento de resíduos contendo corantes antraquinônicos tóxicos.

Palavras-chaves:
lacase; peroxidases; basidiomiceto; serapilheira e biodescoloração

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