Resumo
O método de plantio de cana-de-açúcar de baixa densidade (LDSP) vem sendo implementado por alguns produtores de cana-de-açúcar no Brasil, visando economia de sementes e custos operacionais. O estudo foi realizado no município de Areia, Paraíba, Brasil. Utilizou-se cinco densidades de plantio, variando de 5 a 25 m-2 de gemas dispostas em blocos casualizados, com quatro repetições. Os dados foram medidos anualmente ao longo de três ciclos de cultivo (2017 a 2020). Menor densidade de plantio mostrou maior produtividade (101,03 t ha-1) devido à maior altura de planta (2,37 m) e ao maior número de hastes (NS) (11 hastes m-2), sugerindo que essas variáveis são devido à maior disponibilidade de luz, água e fotoassimilados. No entanto, houve redução drástica na produtividade da cana-de-açúcar para esta população menor na 2ª soca em 65,62%, estando correlacionado com o número de colmos por metro. Demonstramos a viabilidade agronômica do LDSP em uma população de 10 gemas m-2 em relação ao plantio convencional de cana-de-açúcar até a 2ª soca. Os dados são importantes para que estudos futuros apresentem considerações adicionais sobre outros fatores de produção, como os efeitos da colheita mecanizada e do manejo de nutrientes e água, avaliando a sustentabilidade desse sistema de plantio em larga escala.
Palavras-chave:
população de plantas; Saccharum spp.; arranjo espacial; produtividade