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Toxicidade e fitoquímica de oito espécies usadas na medicina tradicional sul-mato-grossense, Brasil

Resumo

O Cerrado brasileiro possui diversas espécies botânicas com fins medicinais utilizadas por comunidades tradicionais e muitas dessas plantas não estão incluídas na lista do Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos. O objetivo deste estudo foi a triagem fitoquímica e o bioensaio toxicológico frente ao Brine shrimp L. de extratos etanólicos de oito espécies de plantas utilizadas na medicina popular de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Os extratos etanólicos foram submetidos à triagem fitoquímica, determinação de compostos fenólicos e flavonoides. Os ensaios toxicológicos foram realizados frente ao Brine shrimp de acordo com a metodologia padrão. A análise de cromatografia de camada delgada e HPLC-DAD confirmou a predominância de compostos fenólicos e derivados, especificamente para a quercetina. O mais tóxico foi o C. affinis DC. com a morte em todas as concentrações, o A. humile A. St. Hil. não apresentou mortalidade e as demais espécies apresentaram toxicidade intermediária. Os extratos das espécies investigadas são ricos em compostos fenólicos e derivados, especificamente a quercetina e apresentam toxicidade entre moderada a alta, fato que requer atenção, pois grande parte das comunidades tradicionais conta com fitoterápicos em sua forma bruta com preventivo e finalidade curativa, atendendo aos cuidados básicos de saúde.

Palavras-chave:
etnofarmacologia; Cerrado Brasileiro; comunidades tradicionais; plantas tóxicas; camarão de salmoura; metabólitos secundários

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