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Trocas gasosas e ajuste osmótico em cultivares de algodão submetidas a estresse salino severo

Resumo

A salinidade é danosa as lavouras quando a concentração de sais solúveis ultrapassa a salinidade limiar da cultura, gerando estresse osmótico e limitações no crescimento das plantas. A adoção de cultivares tolerantes é a estratégia mais adequada para minimizar prejuízos agrícolas, porém a herança de tolerância é genótipo-dependente. Neste trabalho, a tolerância ao estresse salino severo em onze cultivares de algodão foi avaliada, baseando-se nas trocas gasosas e no teor de prolina livre. As cultivares foram crescidas em casa de vegetação e submetidas a 34 dias de irrigação salina (10 dS m-1), iniciada aos 45 dias de emergência das plântulas (fase B1). O crescimento das plantas foi monitorado semanalmente até o final do período de estresse salino. Os tratamentos consistiram na combinação de dois fatores: 11 cultivares, associadas a dois níveis de condutividade elétrica da água de irrigação (0,3 e 10,0 dS m-1). O delineamento foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 11 × 2, com 3 repetições, sendo a unidade experimental constituída por uma planta por parcela. A salinidade afetou o crescimento das plantas, refletido nos dados de trocas gasosas e prolina livre na maioria das cultivares, no entanto, BRS 286, FMT 705, BRS 416 e BRS Acácia e CNPA 7MH demonstraram habilidade para superar o efeito do estresse e se ajustar osmoticamente, minimizando os danos no crescimento. Essas cultivares são as mais indicadas para trabalhos de aprimoramento visando a tolerância ao estresse salino, de acordo com os resultados encontrados neste trabalho.

Palavras-chave:
Gossypium hirsutum L.; estresse abiótico; fisiologia

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