Resumo
Valores aberrantes são grande preocupação em laboratórios de alimentos, até pela heterogeneidade de muitas matrizes, e, embora haja diversos testes de hipóteses para identificá-los, faltam informações detalhadas sobre seus resultados. Gráficos, como desenhos esquemáticos, ramo-e-folhas e outros, não têm sido vistos em laboratórios com esse objetivo. Interlaboratoriais da literatura em alimentos foram revistos e tais gráficos foram empregados junto aos testes de Dixon, Grubbs e Hampel, além do escore Zr. Pôde-se notar como os resultados desses métodos podem apresentar discordâncias, tanto entre os gráficos como entre os resultados numéricos, e entre os últimos e os primeiros. Dentre os gráficos empregados, além dos desenhos esquemáticos, os ramo-e-folhas trouxeram boa visualização de valores aberrantes. Nas técnicas numéricas, o escore Zr apontou o maior número de valores aberrantes potenciais e o teste de Hampel se mostrou mais adequado. Houve conformidade entre os resultados desta pesquisa e os de um dos quatro interlaboratoriais revisitados, enquanto foram observadas divergências nos demais. Sugere-se o emprego, quando possível, dos modelos de delineamentos ao estudar os experimentos e atenção aos casos com mais de 1% de valores aberrantes.
Palavras-chave:
Metrologia; Qualidade para laboratórios; Validação de métodos analíticos; Testes de proficiência; Estudos colaborativos; Desenho esquemático; Diagrama de ramo-e-folhas