Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos tipos de materiais de parede no processo de microencapsulação de óleo de pequi. A emulsão contendo óleo de pequi em sua fase de óleo foi seca por pulverização a 120 °C, usando goma arábica, maltodextrina ou uma mistura de 25:75 (g/g) de goma arábica e maltodextrina como materiais de parede. As emulsões foram caracterizadas pelo tamanho de gota, índice de polidispersão e potencial zeta. As micropartículas de óleo de pequi foram analisadas quanto ao conteúdo de umidade, atividade de água, molhabilidade, eficiência de encapsulação, capacidade antioxidante e cor. A avaliação ultra estrutural foi realizada por microscopia eletrônica de varredura. O tamanho de gota das emulsões exibiu uma distribuição de tamanho relativamente ampla (2.67 a 8.96 μm) e alto índice de polidispersão (> 0,3). Foram obtidas micropartículas lisas com alta eficiência de encapsulação (79,17% a 84,20%) e boa capacidade antioxidante (28,20 a 28,71 μmol equivalente de Trolox/g extrato seco). As micropartículas preparadas usando goma arábica como material de parede demonstraram ter maior capacidade antioxidante que as produzidas com maltodextrina. Todas as micropartículas apresentaram valores satisfatórios de conteúdo de umidade, atividade de água e molhabilidade. Esses resultados indicam que as micropartículas de óleo de pequi apresentam características que podem contribuir para uma boa estabilidade durante a estocagem e manuseio do óleo encapsulado. Portanto, o óleo de pequi pode ser encapsulado com sucesso por pulverização utilizando goma arábica, maltodextrina ou a mistura de 25:75 (g/g) de goma arábica e maltodextrina como materiais de parede, no entanto as propriedades físico-químicas das micropartículas podem variar de acordo com a composição destes materiais de parede.
Palavras-chave:
Caryocar brasiliense; Pulverização; Agentes encapsulantes; Caracterização; Morfologia; Micropartícula