Este artigo discute, do ponto de vista da biologia celular, as teorias determinística e indeterminística sobre a androgênese. São examinados o papel do vacúolo e dos diferentes estresses no desvio do grão de pólen de seu desenvolvimento normal e o ponto onde a competência androgenética é adquirida. Baseado numa extensa revisão da literatura e dados de estudos realizados em trigo pelo nosso laboratório, é proposto um modelo para a capacidade androgenética do grão de pólen. O modelo determinístico de dois pontos para androgênese in vitro é nossa proposta para explicar a aquisição da capacidade androgenética do grão de pólen: o primeiro ponto de mudança seria no início da meiose e o segundo ponto de mudança no estádio de pólen uninucleado, porque a eliminação dos determinantes esporofíticos citoplasmáticos ocorre nestes dois pontos estratégicos. Qualquer anormalidade neste processo permite a manutenção das moléculas de informação esporofítica, resultando na ausência do estabelecimento do programa gametofítico e permitindo a reativação do processo embrionário