Realizamos análises citogenéticas e moleculares em 55 famílias com a mutação da síndrome do cromossomo X frágil, loco FMR-1 (318 indivíduos e 15 amostras de vilosidade coriônica). Foram estudados 129 indivíduos do sexo masculino, 75 com retardo mental e 54 normais. Entre os 54 normais, 11 eram portadores da pré-mutação e nenhum apresentou o sítio frágil. Foram detectados 73 portadores da mutação completa e 18% eram mosaicos, ou seja, apresentavam também a pré-mutação. Todos expressaram o sítio frágil em pelo menos um dos sistemas de indução utilizados. O tamanho da expansão de trinucleotídeos CGG (<FONT FACE="Symbol">D</FONT>) e a freqüência de manifestação do sítio frágil apresentaram correlação positiva. Entre as 153 mulheres normais, 85 eram portadoras da pré-mutação e 15 da mutação completa. A freqüência de expressão do fra(X) foi zero ou extremamente baixa entre as pré-mutadas e essa freqüência não diferiu da expressão das não portadoras da mutação. Portanto, a análise citogenética é ineficaz na detecção de indivíduos pré-mutados, homens ou mulheres. Entre as 51 mulheres com a mutação completa, 70% manifestaram algum grau de comprometimento mental. Encontramos também correlação entre o <FONT FACE="Symbol">D</FONT> e a freqüência de expressão do fra(X) nessas mulheres. Contudo, a detecção citogenética das mulheres com mutação completa foi menos eficiente do que no caso dos homens, pois 14% de falsos negativos foram observados. A análise de segregação confirmou que o risco de prole afeta- da aumenta com o <FONT FACE="Symbol">D</FONT>, e o risco médio de prole afetada para todas as heterozigotas foi de 30%. Não houve indicação de desvio de segregação nas famílias estudadas, pois o número de indivíduos que herdaram a mutação não diferiu do número daqueles que herdaram os alelos normais. Não foi detectada nenhuma mutação nova nas 55 genealogias investigadas