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Petrogênese e idade de escarnitos associados a diques félsicos e metamáficos do Complexo Paraíba do Sul, sul do Espírito Santo

RESUMO:

Este trabalho apresenta o estudo de petrografia, química mineral e geocronologia de escarnitos gerados no contato de mármores do Complexo Paraíba do Sul com diques metamáficos e félsicos, no sul do Espírito Santo. Os mármores foram metamorfizados sob condições de pressão e temperatura da fácies granulito durante a fase sin-colisional do orógeno neoproterozoico Araçuaí. Os corpos metamáficos são compostos de anfibolito e hornblenda granofels, enquanto os diques félsicos consistem de álcali-feldspato granito, monzogranito ou sienogranito. Do mármore para o dique, escarnitos associados com os diques metamáficos são compostos das zonas carbonato + olivina e diopsídio + hornblenda. Escarnitos associados com os diques graníticos são compostos de três zonas mineralógicas distintas: carbonato + tremolita, diopsídio e escapolita + diopsídio. Variações na composição química mineral ao longo das zonas metassomáticas sugerem introdução de Mg e Ca dos mármores, Fe dos diques metamáficos e Na dos granitos. A presença de espinélio nos diques metamáficos e em seus escarnitos indica que ambos foram metamorfizados sob condições de fácies granulito durante o estágio sin-colisional (580-560 Ma). A geocronologia U-Pb via LA-ICP-MS em zircões de um dique de álcali-feldspatogranito resultou em uma idade de cristalização de ca.540 Ma, o que sugere que seus escarnitos são, portanto, mais novos que os escarnitos associados com os diques metamáficos sin-colisionais.

PALAVRAS-CHAVE:
escarnitos; petrogênese; geocronologia; Complexo Paraíba do Sul

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