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Reação falso positiva em epitélio glandular da decídua devido a atividade endógena de biotina

Sondas marcadas com biotina foram utilizadas neste trabalho para detecção de infecção viral por hibridização in situ em tecidos fixados com formalina e embebidos em parafina de 11 casos obtidos de abortamento. Sondas para citomegalovírus humano (HCMV), parvovírus B19 humano (B19) e adenovírus humano tipo 2 (HAd2), foram marcadas com biotina-11-dUTP através da reação de nick-translation. Estreptavidina conjugada com fosfatase alcalina (SAP) seguida por solução de 4-nitro-azul de tetrazolio/5-bromo-4-cloro-3-indolil fosfato (NBT/BCIP) foram utilizadas para detecção da biotina após a reação de hibridização. Reação positiva foi observada no núcleo de células do epitélio glandular da decídua tanto no controle positivo quanto no negativo em tecidos de primeiro e segundo trimestre gestacional. Esta reação não foi inibida com solução bloqueadora da atividade endógena de fosfatase alcalina e persistiu mesmo com a omissão das sondas. O uso de controles negativos permitiu revelar atividade endógena de biotina nuclear em epitélio glandular da decídua, responsável por reações falso positivas em sistemas de detecção estreptavidina-biotina (StrepABC). Os resultados obtidos neste estudo fortemente recomendam que a detecção de ADN por hibridização in situ em endométrio gestacional seja feita com outro sistema de detecção que não o StrepABC.

Biotina endógena; epitélio glandular da decídua; sondas biotiniladas; hibridização in situ; citomegalovirus


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