Os mais importantes reservatórios do vírus influenza são os pássaros. A manutenção do vírus influenza em hospedeiros naturais, inclusive o homem, permite que esse vírus realize rearranjos entre as suas cepas. O recente relato de uma cepa influenza aviária A(H5N1), em humanos, se deu em uma criança com doença respiratória fatal, na China em 1977. O presente estudo foi conduzido para elucidar o transporte da influenza por pássaros que migram, anualmente, através de ambos hemisférios o do Norte e do Sul, com especial atenção voltada à espécies Vireo olivaceo [Juruviara(BR) e Red-eyed vireo(USA)] que viaja do USA para o Brasil, e vice-versa, e a espécie Elaenia mesoleuca [Tuque(BR) e (USA)] que voa por todo o Hemisfério Sul. Essas espécies de pássaros, que residem e migram em São Paulo, e que demonstram transportar o vírus influenza, foram selecionadas. As partículas virais isoladas foram observadas por microscópio eletrônico. O vírus influenza foi detectado pelos testes: House Duplex/PCR e Gloria. Os resultados revelam que os pássaros das espécies: Elaenia mesoleuca e Vireo olivaceus são transportes do vírus influenza enquanto cruzam ambos Hemisférios. Para o conhecimento da função que os pássaros migratórios podem desempenhar na epidemia de influenza, no Brasil, caracterização dos subtipos deste vírus estão sendo realizados.
aves migratórias; vírus da influenza em aves brasileiras