Produção de fumonisinas B1 (FB1) e B2 (FB2) a partir de duas cepas brasileiras (LAMIC 2999/96 e 113F) e uma cepa americana (NRRL 13616) de Fusarium moniliforme foi avaliada em culturas de laboratório submetidas a diferentes temperaturas (20, 25 e 30ºC) e a diferentes teores de umidade (25, 34 e 42%) em substrato de milho. As culturas foram realizadas em períodos de 10, 20, 30, 45 e 60 dias, totalizando135 tratamentos com duas repetições para cada um. As fumonisinas foram extraídas com acetonitrila/água. A limpeza foi realizada empregando cartuchos de sílica C18 encapada (C18ec) e a derivação com o-ftalodialdeído foram realizadas por um sistema processador automático de amostras (ASPEC), seguidas por quantificação das toxinas por CLAE. A produção de fumonisinas variou muito, atingindo rendimentos médios de 0,25 a 5515,45 µg/g de FB1 e de 0,15 a 3032,10 µg/g de FB2. Neste trabalho, os fatores como cepa, temperatura, umidade e dias de cultura fúngica foram avaliados, e todos estes influenciaram nas quantidades de fumonisinas produzidas. As mais altas produções de FB1 foram obtidas pela cepa 113F nas seguintes condições: teor de umidade de 34%, 60 dias de cultura, temperatura de 25ºC. A maior produção média de FB2 foi obtida pela mesma cepa com culturas durante 45 dias, a um teor de umidade de 42%, à temperatura de 25ºC. A temperatura ideal para produção de fumonisinas foi calculada por meio de análise de regressão, sendo 24,5ºC e 24,3ºC (±2ºC) para FB1 e FB2, respectivamente.
Fungos; Fusarium moniliforme; micotoxinas; fumonisinas; fatores abióticos
