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Influence of Experimental Thermal Shifts and Overcrowding on Fecundity in Wild Females of Acartia Tonsa of the Bahía Blanca Estuary

O copépode Acartia tonsa desempenha um papel importante na teia trófica de muitos estuários influenciados por atividade antrópica, e por esse motivo torna-se relevante conhecer sua plasticidade nos processos reprodutivos de espécies sob condições estressantes. Examinamos a influência de dois estressores, mudança térmica (6 ± 1ºC e 18 ± 1ºC) e superpopulação, na produção de ovos e sucesso da incubação em fêmeas selvagens de A. tonsa provenientes do estuário de Bahía Blanca. A taxa de produção de ovos (EP), o sucesso de incubação durante sete dias (E7%) e o tempo gasto para eclodir 50% dos ovos (50 T) foram registrados. A alta densidade de indivíduos usada na incubação causou diminuição nos valores de EP em ambas as temperaturas. No entanto, todas as fêmeas responderam favoravelmente a 18 °C. Os valores EP e E7% obtidos em ambas as temperaturas foram significativamente diferentes a 18°C, sendo duas vezes mais elevados do que aqueles obtidos a 6°C. Valores de T 50 em 18°C indicaram um menor tempo de desenvolvimento dos ovos das fêmeas de primavera, enquanto o efeito oposto foi observado em ovos das fêmeas de inverno. Nossos resultados indicam que o desempenho reprodutivo é afetado pela exposição curta à mudança térmica, e o padrão de produção de ovos e a incubação são também modificados de acordo com a história materna.

Arcatia tonsa; Fecundidade; Mudança térmica; Incubação; Fêmeas selvagens


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