Resumo
Neste trabalho foram analisadas no Rio da Prata as variáveis hidrológicas (temperatura e salinidade) e biológicas (clorofila, feopigmentos e espécies de fitoplâncton) por ocasião do outono e primavera (Uruguai). A biomassa do fitoplâncton, expressa como teor de clorofila, alcançou um máximo de 6,1 µg L-1 no outono e 22,8 µg L-1 na primavera. Esses máximos foram encontrados na zona frontal e na área marinha adjacente. Por meio de análises multivariadas, foram identificados quatro domínios: Ribeirinho, Estuarino, Frontal e Oceânico, com base na salinidade e profundidade no outono e na salinidade e clorofila na primavera. Em ambas as estações, os domínios Ribeirinho e Estuarino (bordas leste e oeste) estiveram localizados no mesmo local, mas, na primavera, um domínio adicional foi encontrado no Canal Oriental (domínio Canal). Tanto a salinidade quanto a concentração de clorofila aumentou do domínio Ribeirinho para o Frontal, o que se correlacionou de forma positiva com salinidades ≤ 14, o que sugere que a concentração de clorofila está sendo modulada principalmente pela influência oceânica no sentido de melhorar a disponibilidade de luz. Enquanto a salinidade tende a aumentar no sentido do domínio Oceânico, a biomassa de fitoplâncton diminui. Aparentemente, nessa região a concentração de clorofila estaria sendo regulada pela combinação de disponibilidade de luz e forrageio. Entretanto, novas pesquisas necessitam ser desenvolvidas para dar sustentação a essas hipóteses.
Descritores:
Rio da Prata; Clorofila; Frentes; Domínios; Plataforma uruguaia