Resumo
A regeneração de carbono na coluna de água da Bacia de Cariaco (Venezuela) foi investigada utilizando um modelo de regressão de alcalinidade total (TA) e a concentração de carbono inorgânico total (TCO2). Produtividade primária (PP) foi determinada a partir da fracção de carbono inorgânico assimilável pelo fitoplâncton e a variação da isotérmica de 22 e 23ºC foi utilizada como um indicador de ressurgência costeira. Os resultados indicam que os níveis de CO2 eram os mais baixos (1962 µmol/kg) na superfície e aumentado para 2451 µmol/kg redox abaixo da interface ico-anóxica. A distribuição vertical de regeneração de carbono foi dominada (82%) por carbono orgânico originário do tecido mole de organismos fotossintéticos, enquanto 18% foram originados da dissolução de calcite biogênica. A regeneração do carbono orgânico foi maior na camada superficial de acordo com os valores de produtividade primária. No entanto, na interface ico-anóxica foi detectado um segundo máximo mais intenso (70-80%), gerado pela respiração quimiotrófica de material orgânico por microrganismos. As percentagens nas camadas anóxicas foram menores porque a decomposição aeróbica ocorre mais rapidamente do que a respiração anaeróbica de matérias orgânicas, pois as fracções mais lábeis de carbono orgânico já foram mineralizadas nas camadas superiores.
Descritores:
Bacia de Cariaco; Regeneração de carbono; Coluna de água; Afloramento costeiro