Seguindo a recente expansão da pesca brasileira para o talude continental, uma nova pescaria de camarões da família Aristeidae tem se desenvolvido desde meados de 2002. O camarão "carabineiro", Aristaeopsis edwardsiana, é o principal componente das capturas, alcançando 88,4 % da produção total de camarões. Os camarões "moruno", Aristaeomorpha foliacea e "alistado", Aristeus antillensis, compõem frações menores das descargas (9,8 % e 1,8 % respectivamente). Duas áreas principais de pesca foram descobertas na região Sudeste do Brasil (19º - 25ºS) e uma no limite setentrional da ZEE do país (4º - 5ºN). As capturas estiveram concentradas entre as isóbatas de 700 e 750 m. As taxas médias de captura de A. edwardsiana flutuaram entre 6,5 e 9,7 kg.h-1. As outras espécies foram capturadas em taxas consideravelmente menores (0,1 - 0,6 kg.h-1 e 0,1 - 1,3 kg.h-1, respectivamente). Sugere-se uma sazonalidade nas capturas de A. edwardsiana, com valores máximos entre julho e dezembro. Apesar do direcionamento aos camarões, capturas incidentais do caranguejo-real (Chaceon ramosae) alcançaram uma média de 22 % das descargas totais.
pesca profunda; camarões-de-profundidade; arrasto-de-fundo; Aristeidae; Brasil