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Absence Of Zonation In A Mangrove Forest In Southeastern Brazil

O manguezal do sistema estuarino de Santos, Brasil, ocupa uma área de 71 km2, consistindo de um complexo sistema de canais e rios, em ambiente predominantemente deposicional. O clima apresenta alta pluviosidade, sem déficit hídrico e com temperatura mínima de 18ºC. Foram mensuradas, contadas e identificadas 3.870 árvores de mangue em 20 seções aleatórias e medida a produção mensal de serapilheira. Os dados fitossociológicos (densidade, altura e área basal) foram medidos em parcelas a diferentes distâncias da linha da água. Três espécies de árvores foram identificadas: Rhizophora mangle, Avicennia schaueriana e Laguncularia racemosa. Os dados mostraram grande variabilidade entre bosques, mas sem zonação perpendicular à franja, em relação a todas as variáveis fitossociológicas, à distribuição das espécies arbóreas e à produção de serapilheira. Atribuiu-se este fenômeno ao baixo subsídio de energia devido ao regime de micromarés, à reduzida velocidade da água nas regiões internas do sistema estuarino, à homogeneidade do sedimento (silte), e, principalmente, à ausência de déficit hídrico na região. Todos estes fatores reduzem o gradiente ambiental da franja para a bacia. Alguns bosques apresentaram feições de imaturidade o que foi atribuído aos impactos antropogênicos de diversas naturezas, principalmente nos últimos 60 anos, que estariam obstando o pleno desenvolvimento do manguezal.

Estrutura de manguezal; Fitossociologia; Zonação; Serapilheira; Sistema estuarino de Santos.


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