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Feeding preference of the sea urchin Lytechinus variegatus (Lamarck, 1816) on seaweeds

As macroalgas apresentam diversos tipos de estratégias para minimizar os danos gerados por herbívoros que influenciam a preferência alimentar dos consumidores. Este estudo avaliou a preferência alimentar do ouriço-do-mar Lytechinus variegatus em experimentos de múltipla escolha utilizando as macroalgas bentônicas Caulerpa racemosa, Dictyota menstrualis, Osmundaria obtusiloba, Plocamium brasiliense, Sargassum sp., e Ulva sp. Para verificar a importância dos aspectos morfológicos e químicos na preferência, os ensaios foram realizados com algas vivas e em pó, respectivamente. Foram utilizados dois métodos distintos de análise de dados: comparação entre a perda de biomassa e as mudanças por autogenia, e a incorporação dos valores de autogenia à perda de biomassa por herbivoria. Em ambos os experimentos observou-se uma clara preferência de L. variegatus por certas espécies de macroalgas em relação a outras, em ordem decrescente de preferência: C. racemosa ≈ Ulva sp. > O. obtusiloba ≈ Sargassum sp. > P. brasiliense > D. menstrualis. Além disso, constatou-se que os dois métodos de análise produziram resultados muito similares. De acordo com os resultados, a preferência alimentar de L. variegatus é provavelmente condicionada pela química defensiva produzida por P. brasiliense e D. menstrualis e aspectos morfológicos presentes em C. racemosa, Ulva sp., O. obtusiloba e Sargassum sp.

Lytechinus variegatus; Preferência alimentar; Herbivoria; Macroalgas marinhas; Defesas químicas; Defesas morfológicas


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