Substâncias químicas de defesa contra consumidores e competidores podem ser usadas por espécies invasoras marinhas como estratégia de colonização e perpetuação em novo ambiente. Entretanto, há poucos estudos experimentais que demonstrem as possíveis interações negativas entre corais escleractínios. Este trabalho tem como objetivo caracterizar os metabólitos secundários dos corais invasores Tubastraea tagusensis e T. coccinea; avaliar através da técnica de amostragem in situ quais são as substâncias de T. tagusensis liberadas na água do mar, com o auxílio de aparelho subaquático com colunas Sep-Paks®. Colônias dos corais invasores Tubastraea spp foram coletadas na Baía de Ilha Grande, RJ, e extraídas com MeOH. Os extratos foram submetidos à eluições com hexano, DCM e MeOH, e analisados por CG-EM. Estearato de metila e palmitato de metila foram as substâncias majoritárias das frações hexânicas e hexano: DCM, enquanto o colesterol foi a substância mais abundante das frações DCM e DCM:MeOH de Tubastraea spp. O material orgânico retido nas colunas Sep-Paks® foi identificado como hidrocarbonetos. Diferenças significativas entre controle e tratamento foram relacionadas a diferentes quantidades de 1-hexadeceno, n-hexadecano e n-eicosano. A produção de substâncias de defesas em Tubastraea spp permite especular sobre a ameaça que estes corais invasores representam para as comunidades bentônicas da Ilha Grande.
lesão artificial; metabólitos secundários; Tubastraea coccinea; Tubastraea tagusensis; aparelho submersível