Algumas regiões do Brasil apresentam, altos níveis de emissões de mercúrio (Hg) devido às atividades industriais, e suas espécies de peixes podem, portanto, estar expostos a elevados níveis de contaminação por meio da bioacumulação. Neste trabalho avaliamos a contaminação por Hg no músculo, fígado, brânquias e sangue de duas espécies de bagres coletados nos estuários de Cananéia e Santos-São Vicente, São Paulo, Brasil. Peixes amostrados no local mais poluído (Santos-São Vicente) mostraram maiores concentrações de Hg em ambas as espécies (Cathorops spixii - fígado: 1530 µg Kg-1, músculo: 327 µg Kg-1 e brânquias: 101 µg Kg-1; Genidens genidens - fígado: 2617 µg Kg-1, músculo: 393 µg Kg-1 e brânquias: 118 µg Kg-1). Análises multivariadas revelaram a importância e influência das principais variáveis biológicas (tamanho, condição, etc.) no teor geral de Hg e sua distribuição nos diferentes tecidos.
Mercúrio; Bioacumulação; Biomonitoramento; Dados de campo; Bagres; Estuários