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Opal phytolith and isotopic studies of "Restinga" communities of Maricá, Brazil, as a modern reference for paleobiogeoclimatic reconstruction

Resumo

A Restinga de Maricá, situada na porção leste do estado do Rio de Janeiro (Brasil), corresponde a uma das poucas áreas ainda preservadas na planície litorânea fluminense. Neste trabalho, apresentamos um estudo sobre as comunidades vegetais que compõem a restinga, bem como a identificação das principais espécies presentes em cada uma delas. O objetivo é estabelecer coleções de referência para reconstituições paleoambientais desse litoral durante o Quaternário. Para isso, utilizaram-se como métodos os indicadores fitólitos e isótopos estáveis de carbono. Foram identificadas seis comunidades vegetais distribuídas perpendicularmente à linha de costa sobre as barreiras arenosas, planície lagunar, margem lagunar e embasamento alterado: Halófila-psamófila, "Scrub", Brejo herbáceo, "Slack", Vegetação arbustiva e Floresta seca. As espécies de plantas analisadas em cada comunidade apresentaram em geral baixa produtividade de fitólitos. Somente as famílias Poaceae, Cyperaceae e Arecaceae produzem fitólitos em grandes quantidades e diversidade de morfotipos. Os resultados das análises de isótopos estáveis de carbono em sedimentos indicaram um predomínio de plantas C3 ou de mistura de plantas C3 e C4, apresentando uma boa correspondência com os resultados encontrados nas plantas coletadas sobre cada uma delas. Como conclusão, verificou-se que os isótopos de carbono associados às análises fitolíticas mostraram-se bons indicadores para a reconstituição da vegetação na área estudada.

Descritores:
Silicofitólitos; Isótopos de carbono; Restinga; Comunidades vegetais; Maricá; Brasil

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