O processo de morte e danos em células ciliadas devido à exposição ao ruído e ototoxinas parece ser mediado por espécies reativas de oxigênio. OBJETIVO: Investigar a relação entre polimorfismos gênicos na Glutationa S-transferase e a susceptibilidade à deficiência auditiva induzida pelos aminoglicosídeos. CASUÍSTICA E MÉTODO: Genótipos nulos foram analisados por PCR-multiplex em amostras de DNA de 50 pacientes e 72 controles. Os pacientes foram divididos em três grupos, sendo 10 com deficiência auditiva e uso de aminoglicosídeos (grupo A), 20 com deficiência auditiva sem exposição à droga (grupo B), e 20 ouvintes que utilizaram o antibiótico (grupo C). FORMA DE ESTUDO: Experimental. RESULTADOS: Polimorfismos nos genes GSTT1 e GSTM1 foram encontrados em 16% e 42% dos pacientes e em 18% e 53% do grupo controle, respectivamente. Após a análise estatística nenhuma diferença significativa foi observada entre os grupos controle e A (p=0,86) e (p=0,41), controle e B (p=0,27) e (p=0,24), controle e C (p=0,07) e (p=0,47), controle e A+C (p=0,09) e (p=0,47), C e A (p=0,32) e (p=0,75), GSTT1 e GSTM1, respectivamente. CONCLUSÃO: Nossos dados demonstram que polimorfismos na GSTT1 e GSTM1 não exercem influência sobre a ototoxicidade dos aminoglicosídeos.
aminoglicosídeos; biologia molecular; estresse oxidativo; perda auditiva; polimorfismo genético