Funções da via auditiva eferente incluem a modulação das células ciliadas externas, proteção contra ruído e melhora na detecção da fonte sonora em ambientes ruidosos. Genotoxicidade são danos ao DNA. OBJETIVOS: Analisar associação entre funções da via auditiva eferente com marcadores genotóxicos. Adicionalmente, considerou-se tabagismo e gênero como principais variáveis intervenientes. MATERIAL E MÉTODO: Estudo prospectivo-clínico, quantitativo, transversal, contemporâneo. Foi realizada uma análise da função da via auditiva eferente e indicadores de genotoxicidade em 60 voluntários adultos jovens. RESULTADOS: Idade média dos voluntários foi de 24,86±3,68 anos; 30 do gênero masculino e 30 do gênero feminino, 15 de cada gênero tabagistas e 15 não tabagistas; indivíduos do gênero masculino tabagistas apresentaram maior ocorrência de efeito de supressão das EOAEPDs nas frequências de 2000 e 6000Hz na orelha do lado esquerdo; mulheres tabagistas apresentaram maior prevalência de queixa de dificuldade de ouvir em ambiente ruidoso; indivíduos tabagistas e mulheres apresentaram maiores danos ao DNA; indivíduos com queixas de dificuldade auditiva e zumbido apresentaram maiores índices de genotoxicidade. CONCLUSÕES: Em adultos jovens normo-ouvintes que referem queixas relacionadas às funções da via auditiva eferente, como zumbido e dificuldade auditiva, já é possível observar associação com genotoxicidade considerando interações entre gênero e tabagismo.
audição; genotoxicidade; tabagismo; vias eferentes