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O papel da dessensibilização à aspirina em pacientes portadores de doença respiratória exacerbada por aspirina (DREA)

Resumo

Introdução:

A doença respiratória exacerbada por aspirina é composta pela tétrade clássica: asma moderada/grave, rinossinusite crônica, pólipos nasais e intolerância à aspirina ou outro anti-inflamatório não esteroide. Controle clínico com medicamentos, cirurgias e dessensibilização são opções de tratamento.

Objetivo:

Avaliar a eficácia e tolerabilidade da dessensibilização à aspirina em pacientes com doença exacerbada por aspirina.

Método:

Avaliação periódica dos sintomas e exame endoscópico em pacientes com doença respiratória exacerbada por aspirina submetidos à cirurgia e dessensibilizados.

Resultados:

Dezessete pacientes foram dessensibilizados, dos quais oito pacientes completaram a dessensibilização e foram acompanhados pelo tempo mínimo de 1 ano (média de 3,1 anos). Todos referiram melhora de todos os sintomas; não houve nenhuma indicação de reabordagem cirúrgica, e houve redução de gastos com medicações e procedimentos. Outros oito pacientes não completaram a dessensibilização, principalmente por intolerância ao procedimento e descontrole da asma, enquanto outro paciente perdeu o seguimento.

Conclusão:

A dessensibilização à aspirina, quando tolerada, mostrou-se eficaz nos pacientes com doença respiratória exacerbada por aspirina com resposta clínica/cirúrgica insatisfatória.

PALAVRAS-CHAVE:
DESSENSIBILIZAÇÃO IMUNOLÓGICA;ASPIRINA;SINUSITE;POLIPOSE NASAL

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