RESUMO
Introdução:
Elaborar avaliação prognóstica individualizada em pacientes com diagnóstico deperda auditiva neurossensorial súbita idiopática (PANSI) permanece tarefa árdua e imprecisa devido, em grande parte, à variedade de etiologias. A determinação de quais variáveis teriam valor prognóstico na avaliação inicial do paciente seria de extrema utilidade na prática clínica.
Objetivo:
Estabelecer quais variáveis, identificáveis no momento de instalação da perda auditiva neurossensorial súbita idiopática, têm valor prognóstico na recuperação auditiva final.
Método:
Estudo de coorte prospectivo, longitudinal. Incluídos pacientes com PANSI acompanhados pela Disciplina de Otologia-Neurotologia de um hospital quaternário. As seguintes variáveis foram avaliadas e correlacionadas com a recuperação auditiva final: idade, gênero, vertigem, zumbido, grau de perda auditiva inicial, audição na orelha contralateral, tempo para início de tratamento.
Resultado:
Foram avaliados 127 pacientes com PANSI. As taxas de recuperação absoluta e relativa foram 23,6 dB e 37,2% respectivamente. Apresentaram melhora completa da audição 15,7% dos pacientes; 27,6% apresentaram melhora significativa e 57,5% melhora.
Conclusão:
No momento da instalação da PANSI, as seguintes variáveis correlacionaram-se com pior prognóstico: vertigem, perda auditiva profunda, audição alterada na orelha contralateral e demora para início do tratamento. Presença de zumbido na instalação da PANSI correlacionou-se com melhor prognóstico.
Palavras-chave:
Prognóstico; Perda auditiva súbita; Audiometria