Resumo
Introdução:
As perfurações traumáticas da membrana timpânica tendem a cicatrizar espontaneamente. Entretanto, neste estudo, várias perfurações exibiram cicatrização anormal, na qual a morfologia da cicatrização das membranas timpânicas diferiu da de membranas timpânicas não perfuradas. A pseudocicatrização da membrana timpânica foi caracterizada pelo acúmulo de tecido espesso na área perfurada.
Objetivo:
Avaliar a utilidade do fator de crescimento epidérmico em casos que apresentaram pseudocicatrização de perfurações traumáticas da membrana timpânica.
Método:
Um total de 26 casos de perfurações traumáticas da membrana timpânica apresentando pseudocicatrização foram incluídos neste estudo.. Em todos os casos, o tecido que se acumulou na área perfurada foi removido, o que subsequentemente causou uma nova perfuração. Uma solução de fator de crescimento epidérmico foi aplicada à membrana timpânica uma vez ao dia para manter a membrana timpânica úmida. As taxas de fechamento e os tempos foram avaliados aos 6 meses.
Resultados:
Dois pacientes foram perdidos no período de 6 meses de acompanhamento. Dos 24 pacientes restantes, a taxa de fechamento foi de 100% (24/24) e o tempo de fechamento foi de 6,1 ± 2,3 dias (variação: 3 a 12 dias). A morfologia da membrana timpânica cicatrizada não foi significativamente diferente daquela da membrana timpânica remanescente.
Conclusões:
A pseudocicatrização de perfurações traumáticas da membrana timpânica afeta a condução do som. Isso pode estar associado a vários sintomas, inclusive zumbido, plenitude aural e desconforto auditivo. A excisão do tecido epitelial excessivo e a aplicação tópica de fator de crescimento epidérmico podem corrigir a pseudocicatrização de perfurações traumáticas da membrana timpânica.
PALAVRAS-CHAVE
Ferimentos e lesões; Ruptura da membrana timpânica; Fator de crescimento epidérmico; Cicatrização de feridas