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Imobilidade bilateral de pregas vocais: diagnóstico e tratamento

A Imobilidade Bilateral de Pregas Vocais pode ser decorrente de paralisia neurogênica bilateral, fixação de articulação cricoaritenoidea, sinequia laríngea ou estenose glótica posterior. O tratamento visa a restabelecer uma via aérea pérvia mantendo a função esfincteriana glótica e a qualidade vocal. OBJETIVOS: Analisar os métodos diagnósticos e terapêuticos dos casos de Imobilidade Bilateral de Prega Vocal atendidos em nosso serviço. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 35 prontuários de pacientes atendidos em nosso serviço com diagnóstico de Imobilidade Bilateral de Prega Vocal, sendo avaliados fatores etiológicos e resultados terapêuticos. RESULTADOS: Dentre os pacientes, 18 (51,4%) eram casos de paralisia bilateral de pregas vocais e 17 (48,6%), de estenose glótica posterior. Os pacientes com paralisia bilateral foram submetidos à aritenoidectomia subtotal unilateral e os com estenose, submetidos à "microtrapdoor flap", aritenoidectomia subtotal e/ou cricoidotomia posterior (Rethi). CONCLUSÃO: A imobilidade bilateral de prega vocal é um quadro potencialmente fatal e a diferenciação entre paralisia e fixação de pregas vocais é essencial para a escolha do método terapêutico. A aritenoidectomia subtotal, via microscópica, é nossa opção cirúrgica para o tratamento da paralisia bilateral e nas estenoses a escolha da técnica varia conforme o grau de estenose.

Paralisia das pregas vocais; glote; paralisia; pregas vocais


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