Resumo
Introdução
Os sintomas associados à vestibulopatia periférica crônica têm impacto negativo na independência e qualidade de vida dos indivíduos e muitos deles continuam a sofrer desses sintomas, mesmo depois de ter passado pela reabilitação vestibular convencional.
Objetivo
Avaliar o efeito agudo de um sistema de ancoragem para avaliação do equilíbrio de pacientes com tontura crônica que não responderam à reabilitação vestibular tradicional.
Método
Participaram do estudo indivíduos com mais de 50 anos que se apresentaram com tontura crônica e instabilidade postural de origem vestibular periférica. O limite de estabilidade foi avaliado em três posições, com o uso do sistema Balance Master®: Posição 1, de pé com os braços pendentes ao longo do corpo; Posição 2, de pé com os cotovelos flexionados em 90º (simulando a posição de segurar as âncoras); e Posição 3, com os cotovelos flexionados em 90º e segurando as âncoras. Foram avaliadas as variáveis de latência de movimento, o ponto final da excursão e o controle direcional do movimento.
Resultados
Com o uso do sistema de âncoras, ocorreu redução significante no tempo de resposta no início do movimento em comparação com a Posição 1 (p < 0,05); aumento no ponto final da excursão na direção lateral esquerda, em comparação com a Posição 1 (p < 0,05); e mais controle direcional do movimento nas direções anterior e posterior (p < 0,05), em comparação com as demais posições.
Conclusão
Enquanto usavam o sistema de âncoras, os indivíduos com vestibulopatia periférica demonstraram melhoria imediata no limite da estabilidade em relação às variáveis latência de movimento, ponto final da excursão e controle direcional do movimento. Isso sugere que a informação háptica auxilia no controle postural.
Palavras-chave
Equilíbrio postural; Doenças vestibulares; Tontura; Informação háptica