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Tratamento cirúrgico de epistaxes refratárias ao tamponamento nasal

A epistaxe é a principal emergência otorrinolaringológica e, em casos graves, pode comprometer a estabilidade hemodinâmica colocando em risco a vida do paciente. OBJETIVO: Avaliar fatores envolvidos na epistaxe e a evolução de pacientes que necessitaram de tratamento cirúrgico em casos refratários a tratamento com tamponamento nasal. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo transversal, sendo avaliados 40 pacientes consecutivos com epistaxe refratária a tratamento clínico convencional que necessitaram de tratamento cirúrgico, entre o período de janeiro de 2002 a agosto de 2007. Foram avaliados fatores relacionados à epistaxe, bem como os resultados pós-operatórios. RESULTADOS: Os principais fatores relacionados foram complicações pós-operatórias de cirurgia otorrinolaringológica (37,5%), hipertensão arterial sistêmica (30%) e coagulopatia (15%). Como complicação da epistaxe, 50% (n=20) apresentaram instabilidade hemodinâmica e 90% desses (n=18) necessitaram de transfusão sanguínea. Em 35% dos pacientes (n=14) foi necessária apenas a cauterização elétrica do sítio sangrante, enquanto que 65% (n=26) necessitaram de cauterização e/ou ligadura vascular. Em cinco casos (12,5%) houve recorrência da epistaxe necessitando de reintervenção cirúrgica. CONCLUSÕES: Em pacientes sob risco de epistaxe grave, como sangramento pós-operatório e coagulopatia, indicações cirúrgicas mais precoces poderiam diminuir a necessidade de transfusões sanguíneas.

cauterização; epistaxe; ligadura


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