Acessibilidade / Reportar erro

O papel da imagem de banda estreita intraoperatória na microcirurgia transoral a laser para câncer glótico inicial e moderadamente avançado Como citar este artigo: Klimza H, Jackowska J, Piazza C, Banaszewski J, Wierzbicka M. The role of intraoperative narrow-band imaging in transoral laser microsurgery for early and moderately advanced glottic cancer. Braz J Otorhinolaryngol. 2019;85:228-36.

Resumo

Introdução:

A microcirurgia transoral a laser é uma técnica bem estabelecida para o tratamento de câncer de laringe inicial e moderadamente avançado.

Objetivo:

Verificar a utilidade da imagem de banda estreita na avaliação intraoperatória da mucosa laríngea na especificação das margens cirúrgicas.

Método:

Foram avaliados 44 cânceres glóticos T1-T2 consecutivos, tratados com cordectomia Tipo I-VI, por microcirurgia transoral a laser. As áreas suspeitas (90 amostras/44 pacientes) foram submetidas a biopsia e avaliadas através de imagens de banda estreita e luz branca e enviadas para cortes por congelação.

Resultados:

Nosso estudo revelou que 75 (83,3%) das 90 amostras apresentaram histopatologia positiva na análise com luz branca e imagens de banda estreita: 30 (40%) foram confirmadas como carcinoma in situ ou carcinoma invasivo e 45 (60%) como displasia moderada a grave. Em seis pacientes, a mucosa apresentou-se suspeita apenas na imagem de banda estreita, sem suspeita sob luz branca. Assim, nesses seis pacientes 18/90 (20%) amostras foram colhidas. Em 5/6 pacientes, 16/18 (88,8%) amostras mostraram resultado positivo na análise de congelação: em 6/18 (33,3%) amostras foi confirmado carcinoma (dois pacientes) e em 10/18 (66,6%) foi confirmada displasia grave (três pacientes). Em um paciente, 2/18 (11,1%) as amostras mostraram resultado negativo na congelação. A análise apresentada mostrou que a sensibilidade, a especificidade e a acurácia da luz branca foram de 79,5%, 20% e 71,1%, respectivamente, enquanto a imagem de banda estreita apresentou como resultados 100%, 0,0% e 85,7%, respectivamente.

Conclusão:

O uso intraoperatório de imagem de banda estreita provou ser valioso na identificação de áreas suspeitas da mucosa, confirmou as suspeitas verificadas na análise com luz branca e, o que é mais importante, identificou microlesões além do alcance da luz branca.

PALAVRAS-CHAVE
Laser CO2; Inicial; Câncer glótico moderadamente avançado; Imagens de banda estreita; Margens seguras; Cortes por congelação

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Sede da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Av. Indianópolia, 1287, 04063-002 São Paulo/SP Brasil, Tel.: (0xx11) 5053-7500, Fax: (0xx11) 5053-7512 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@aborlccf.org.br