Resumo
Introdução:
É difícil avaliar o efeito dos fármacos clinicamente usados na surdez súbita idiopática, principalmente porque o seu mecanismo subjacente se mantém desconhecido.
Objetivo:
Avaliar a eficácia da oxigenoterapia hiperbárica ou ozonioterapia no tratamento de surdez súbita, quando uma ou outra terapia é incluída no tratamento com esteroides.
Método:
Uma análise retrospectiva examinou 106 pacientes com surdez súbita atendidos entre janeiro de 2010 e junho de 2012. Aqueles com uma etiologia identificada foram excluídos. Os pacientes foram divididos em três grupos de tratamento: apenas esteroide oral (n = 65), esteroide por via oral + oxigenoterapia hiperbárica (n = 26) e esteroides por via oral + ozônio (n = 17). O sucesso do tratamento foi avaliado com critérios de Siegel e os ganhos médios com audiogramas pré e pós-tratamento.
Resultados:
A taxa de resposta mais elevada para o tratamento foi observada no grupo de esteroide + ozonioterapia (82,4%), seguida por grupos de esteroide oral + oxigenoterapia hiperbárica (61,5%) e esteroide oral (50,8%). Não houve diferenças significantes na resposta ao tratamento entre os grupos de esteroide oral e esteroides + oxigenoterapia hiperbárica (p < 0,355). O grupo de esteroide oral + ozônio apresentou uma taxa de resposta significantemente mais elevada ao tratamento do que o grupo de esteroide oral (p = 0,019). Não houve diferenças significantes entre os grupos de esteroide oral + oxigenoterapia hiperbárica e esteroide oral + ozônio (p = 0,146).
Conclusão:
A eficiência do tratamento com esteroides em pacientes com perda auditiva grave foi baixa. Verificou-se estatisticamente que a adição de oxigenoterapia hiperbárica ou ozonioterapia ao tratamento contribuiu significantemente para o sucesso do tratamento.
Palavras chave
Oxigenoterapia hiperbárica; Surdez súbita; Esteroide oral; Ozonioterapia