Introdução:
O olfato, fenômeno subjetivo de grande importância, é pouco compreendido e estudado no ser humano. Médicos com maior conhecimento sobre os distúrbios desse sentido tendem a considerar a doença mais importante e manejar melhor o diagnóstico e o tratamento.
Objetivo:
Descrever a amostra dos pacientes com queixa principal de distúrbios do olfato e mostrar a experiência do serviço no manejo e tratamento.
Delineamento:
Estudo retrospectivo de coorte histórica com corte transversal.
Materiais e métodos:
Descrição da amostra e avaliação de resposta ao tratamento de pacientes com queixa principal de hiposmia ou anosmia atendidos no ambulatório de Rinologia no período de janeiro de 2005 a outubro de 2011.
Resultados:
Dos 38 pacientes com distúrbio da olfação, 68,4% dos pacientes apresentaram queixa de hiposmia e 31,5% de anosmia, com duração média de 30,8 meses. Os diagnósticos etiológicos principais foram idiopática (31,5%), rinopatia alérgica (28,9%) e RSC com pólipos (10,5%). As respostas ao tratamento com corticosteroide tópico e ácido alfa-lipoico foram variáveis, assim como na literatura.
Conclusão:
Maior importância deve ser dada aos distúrbios do olfato na prática do otorrinolaringologista, uma vez que o diagnóstico diferencial é amplo e pode trazer grande morbidade ao paciente, com impacto na sua qualidade de vida.
Olfato; Transtornos do olfato; Percepção olfatória