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Curva de aprendizado para avaliação endoscópica de lesões de pregas vocais com imagem de banda estreita Como citar este artigo: Żurek M, Rzepakowska A, Osuch-Wójcikiewicz E, Niemczyk K. Learning curve for endoscopic evaluation of vocal folds lesions with narrow band imaging. Braz J Otorhinolaryngol. 2019;85:753–9.

Resumo

Introdução:

Os métodos endoscópicos estão progredindo e se tornando comuns no diagnóstico clínico de rotina também na otorrinolaringologia. Um número relativamente grande de pesquisas demonstrou alta precisão na endoscopia com imagem de banda estreita na diferenciação de lesões benignas e malignas nas pregas vocais. Entretanto, pouco se sabe sobre a curva de aprendizado na avaliação da de banda estreita de lesões laríngeas.

Objetivo:

Determinar a curva de aprendizado para a avaliação por imagem de banda estreita das afecções das pregas vocais, de acordo com a duração do procedimento.

Método:

Foram incluídos no estudo 134 registros de imagens de banda estreita analisadas em termos da duração do procedimento e da acurácia do diagnóstico confirmado pelo diagnóstico histopatológico. Os exames com imagem de banda estreita foram feitos sequencialmente por um investigador por 18 meses.

Resultados:

A duração média dos registros de imagem de banda estreita foi de 127,82s. Todos os 134 estudos foram divididos em séries subsequentes de vários elementos. Uma evidente diminuição no tempo de investigação foi observada entre as séries 13 e 14, quando os exames foram divididos em séries de cinco elementos, o que corresponde à diferença entre o 65° e 70° exames de imagem de banda estreita subsequentes. Foram criados grupos paralelos de 67 exames. O grupo 1 incluiu o 1° ao 67° exame de imagem de banda estreita subsequente; Grupo 2 – o 68° ao 134° exame de imagem de banda estreita. O teste não paramétrico U de Mann-Whitney confirmou uma diferença estatisticamente significante entre a duração média do exame de imagem de banda estreita em ambos os grupos de 160,5s e 95,1s, respectivamente (p < 10-7). A sensibilidade e especificidade do exame de imagem de banda estreita no primeiro grupo foram, respectivamente: 83,7% e 76,7%. No segundo grupo, esses indicadores foram 98,1% e 80%, respectivamente.

Conclusões:

Um mínimo de 65 a 70 exames de imagem de banda estreita é necessário para se atingir a fase de estabilização (plateau) do processo de aprendizado na avaliação de lesões de glote. A análise das curvas de aprendizado é útil para o desenvolvimento de programas de treinamento e determinar o n.

Palavras-chave
Curva de aprendizado; Imagens de banda estreita; Prega vocal; Displasia; Câncer glótico

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