Introdução:
A disfagia é frequente em indivíduos com distúrbios neurológicos.
Objetivo:
Descrever o tratamento da disfagia e investigar fatores associados à deglutição em uma série de casos com doença de Parkinson.
Método:
Trata-se de um estudo longitudinal com 24 pacientes acompanhados por um período de cinco anos (2006-2011). Todos foram submetidos à videoendoscopia da deglutição, classificação de acordo com a Functional Oral Intake Scale (FOIS) e receberam orientações sobre o tratamento da deglutição a cada três meses. As orientações do tratamento da deglutição compreenderam exercícios para a melhora da deglutição. Os testes Qui-quadrado, Kruskal-Wallis e Fisher foram utilizados para investigar associação entre o estado da deglutição e variáveis clínicas.
Resultados:
Durante o acompanhamento, dez pacientes melhoraram, cinco mantiveram e nove pioraram a funcionalidade da deglutição. Uma mediana de dez meses foi observada até a me-lhora na deglutição ser obtida. Foi observada uma mediana de 33 meses de acompanhamento até a piora na deglutição. As manobras mais frequentemente indicadas na terapia foram: queixo para baixo, mudança na consistência e no efeito do bolo, exercícios para força e mobilidade de língua, deglutições múltiplas e exercícios vocais.
Conclusão:
O tratamento da disfagia foi caracterizado por avaliações trimestrais da deglutição com indicação de manobras compensatórias e reabilitadoras. Nesta casuística não foram identificados fatores associados às mudanças na funcionalidade da deglutição.
Doença de Parkinson; Deglutição; Progressão da doença; Transtornos de deglutição; Fonoterapia