Resumo
Introdução
Dacriocistorrinostomia endonasal e externa têm sido usados para o tratamento de obstrução pós‐sacular do sistema lacrimal. O sucesso funcional dessas cirurgias depende de vários fatores.
Objetivo
Avaliar o status do óstio da rinostomia nas abordagens endonasal e externa em dacriocistorrinostomias e a importância do tamanho do óstio no sucesso funcional pós‐operatório.
Método
Os prontuários de pacientes operados em nosso hospital entre maio de 2017 e janeiro de 2019 foram analisados retrospectivamente (número de aprovação ética: 2018-12,04). Foram incluídos no estudo os pacientes operados nos setores de oftalmologia e otorrinolaringologia. Medidas do óstio da rinostomia endoscópica, achados à irrigação do ponto lacrimal e complicações foram registrados a partir da 8ª semana de pós‐operatório.
Resultados
Foram avaliados prontuários de 64 pacientes (76 operações); a largura média do óstio era de 1,85 ± 1,11 mm no grupo endonasal e de 3,60 ± 2,24 mm no grupo externa. As áreas médias do óstio no grupo endonasal e externa foram 14,61 ± 16,66 mm2 e 56,05 ± 60,41 mm2, respectivamente. O óstio estava anatomicamente pérvio e as irrigações do ponto lacrimal foram negativas em 11 pacientes (6 pacientes no grupo endonasal e 5 pacientes no grupo externa) e esses casos foram considerados como falhas funcionais. O óstio da rinostomia foi significativamente maior no grupo externo, mas sem relação com a eficácia nos resultados funcionais.
Conclusão
A estenose do ducto lacrimal pode ser tratada com sucesso com métodos endonasais e externos. A drenagem lacrimal pode ser insuficiente mesmo na presença de óstio pérvio. Portanto, o sucesso funcional também deve ser considerado ao avaliar o sucesso do procedimento. Embora um óstio anatomicamente patente seja necessário, o tamanho do óstio não afeta o sucesso cirúrgico funcional.
Palavras‐chave
Dacriocistorrinostomia; Óstio da rinostomia; Sucesso funcional; Irrigação do ponto lacrimal