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Absorvância acústica de banda larga em crianças com síndrome de Down Como citar este artigo: Durante AS, Santos M, Roque NM, Gameiro MS, Almeida K, Sousa Neto OM. Wideband acoustic absorbance in children with Down syndrome. Braz J Otorhinolaryngol. 2019;85:193-8. , ☆☆ ☆☆ A pesquisa foi feita pelo Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) na Clínica de Fonoaudiologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Resumo

Introdução:

A timpanometria é a ferramenta mais usada para avaliar o status da orelha média, comumente avaliada por meio de uma única frequência com o tom de 226 Hz. No entanto, o uso da medida de imitância acústica com estímulo de banda larga é uma avaliação de alta resolução promissora, especialmente em pacientes conhecidos por frequentemente apresentar alterações da orelha média, como na síndrome de Down.

Objetivo:

Analisar as medidas de absorvância acústica em crianças com síndrome de Down.

Método:

Estudo transversal, aprovado pelo comitê de ética da instituição. Foram coletados dados de 30 crianças, com idade média de 8,4 anos, sendo 15 com síndrome de Down (SD-grupo de estudo) e 15 crianças desenvolvimento típico e sem queixas auditivas (grupo controle). A absorvância de energia foi medida nas frequências de 226-8.000 Hz à pressão ambiente e no pico de pressão em função da frequência, usou-se o equipamento Titan. A análise estatística foi feita com o nível de significância estatística adotado de 5%.

Resultados:

Com o tom de sonda de 226 Hz foram observadas 30 orelhas do grupo controle e 22 do grupo estudo com timpanometria Tipo A e o Tipo B foi observado apenas em oito crianças do grupo estudo. A razão média de absorvância acústica do grupo estudo foi menor do que a do controle nas frequências centradas em 2.520 Hz (p = 0,008) para aqueles com resultados timpanométricos normais e de 226-4.000 Hz (p < 0,03) para aqueles com curva timpanométrica Tipo B.

Conclusão:

A baixa absorção de energia na presença de timpanogramas normais nas crianças com síndrome de Down pode sugerir anormalidades na orelha média.

PALAVRAS-CHAVE
Orelha média; Síndrome de Down; Testes de impedância acústica

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