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Análise química e citológica do líquor após injeção intratecal de solução hipodensa de fluoresceína

RESUMO

Introdução:

A fluoresceína intratecal tem sido efetiva no diagnóstico topográfico da rinoliquorréia. Entretanto, não há estudos no líquor após o uso de fluoresceína intratecal.

Objetivo:

Estudo prospectivo visando avaliar o líquor, através de análise química e citológica, após injeção de fluoresceína.

Método:

Análise prospectiva de 24 punções após injeção intratecal de fluoresceína para diagnóstico topográfico de fístula liquórica, coletado no momento da punção, 24 e 48 horas, divididos pela celularidade: grupo 1, com até 5 células e grupo 2 com mais de 5 células.

Resultado:

A coloração amarelo-esverdeada do líquor permaneceu após 48 horas em 36%, evidenciando permanência de fluoresceína. Observou-se ausência de mudanças no nível de proteína e glicose entre 0-24 horas e 0-48 horas. No grupo 2, um aumento na contagem celular foi observado entre 24 e 48 horas (p = 0,019). No dois grupos juntos, observou-se um aumento de neutrófilos entre 0 e 48 horas (p = 0,048) e uma diminuição entre 24 e 28 horas (p = 0,05).

Conclusão:

Fluoresceína intratecal provocou discretas reações meníngeas, como o aumento de células entre 24 e 48 horas e aumento dos dos neutrófilos em 24 horas com uma subsequente dimi nuição em 48 horas sem correlação com sintomas.

Palavras-chave:
Fluoresceína; Líquido cefalorraquidiano; Fístula

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