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Qualidade de vida relacionada à saúde e incapacidade em pacientes com distúrbios vestibulares periféricos unilaterais agudos Como citar este artigo: Petri M, Chirilă M, Bolboacă SD, Cosgarea M. Health-related quality of life and disability in patients with acute unilateral peripheral vestibular disorders. Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83:611-8.

Resumo

Introdução:

Qualidade de vida relacionada à saúde é usada para designar a parte da qualidade de vida que é influenciada pela saúde do indivíduo.

Objetivos:

Comparar a qualidade de vida relacionada à saúde de indivíduos com distúrbios vestibulares de origem periférica, analisar incapacidades funcionais, emocionais e físicas antes e após o tratamento vestibular.

Método:

Um estudo de caso-controle prospectivo, não randomizado, foi conduzido no Departamento de Otorrinolaringologia, entre janeiro de 2015 e dezembro de 2015. Todos os pacientes foram submetidos a uma pesquisa de saúde personalizada de 36 itens sobre qualidade de vida, ao formulário abreviado de avaliação de saúde 36 (SF-36) e ao Dizziness Handicap Inventory para avaliar a incapacidade. Os indivíduos foram diagnosticados com distúrbios vestibulares periféricos unilaterais agudos, classificados em cinco grupos: neurite vestibular, doença de Ménière, vertigem posicional paroxística benigna, disfunção cócleo-vestibular (exceto Doença de Ménière) ou outro tipo de vertigem periférica aguda (como enxaqueca vestibular).

Resultados:

Houve uma diferença estatisticamente significante para cada parâmetro de escore no Dizziness Handicap Inventory (emocional, funcional e físico) entre a avaliação basal e depois de um mês, tanto em homens quanto em mulheres, mas sem diferença estatística significativa entre sete dias e 14 dias. Foi encontrada uma diferença estatisticamente significante para todos os oito parâmetros do escore no SF-36 entre a avaliação basal e um mês mais tarde, tanto em homens quanto em mulheres; a exceção foi a percepção de saúde mental nos homens. A correlação entre Dizziness Handicap Inventory e o SF-36 de acordo com o tipo de diagnóstico mostrou que o coeficiente de correlação de Spearman foi moderado quando correlacionado com o escore total desses instrumentos.

Conclusão:

O Dizziness Handicap Inventory e o SF-36 demonstraram ser instrumentos úteis, práticos e válidos para avaliar o impacto da tontura na qualidade de vida de pacientes com distúrbios vestibulares periféricos unilaterais.

Palavras-chave:
Distúrbios vestibulares periféricos unilaterais; DHI; SF-36; QVRS

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