Acessibilidade / Reportar erro

Os resultados no longo prazo da neurectomia nasal posterior com ou sem neurectomia faríngea em pacientes com rinite alérgica: um ensaio clínico randomizado Como citar este artigo: Hua H, Wang G, Zhao Y, Wang D, Qiu Z, Fang P. The long‐term outcomes of posterior nasal neurectomy with or without pharyngeal neurectomy in patients with allergic rhinitis: a randomized controlled trial. Braz J Otorhinolaryngol. 2022;88:S147-S155.

DESTAQUES

Resultados no longo prazo da neurectomia nasal posterior em pacientes com rinite alérgica.

Ensaio clínico randomizado que compara a eficácia clínica da neurectomia nasal posterior com ou sem neurectomia faríngea.

Neurectomia nasal posterior combinada com neurectomia faríngea para pacientes com rinite alérgica associada à tosse crônica.

Resumo

Introdução

A rinite alérgica é uma forma de inflamação da mucosa nasal mediada por IgE em resposta a alérgenos específicos, resulta em sintomas típicos.

Objetivos

Comparar a eficácia clínica da neurectomia nasal posterior com ou sem neurectomia faríngea para o tratamento da rinite alérgica perene de moderada a grave. Além disso, comparar a gravidade das comorbidades, inclusive tosse crônica e asma, entre os pacientes nesses dois grupos de tratamento cirúrgico.

Método

Foram incluidos neste ensaio clínico randomizado e designados para o grupo controle (neurectomia nasal posterior) ou para o grupo experimental (neurectomia nasal posterior + neurectomia faríngea) 52 pacientes. A escala visual analógica e o questionário de qualidade de vida na rinoconjuntivite (rhinoconjunctivitis quality of life questionnaire) foram usados para comparar as diferenças nos sintomas dos pacientes entre o período inicial e 6, 12 e 24 meses após o tratamento. Além disso, a tosse e os sintomas de asma dos pacientes foram monitorados durante o acompanhamento por meio da escala visual analógica e do teste de controle da asma (asthma control test ), respectivamente.

Resultados

Nenhuma diferença significante nos escores pré‐operatórios foi evidenciada entre os grupos (p > 0,05). Aos seis meses pós‐tratamento, houve diferenças significantes nos escores da escala visual analógica, no questionário de qualidade de vida na rinoconjuntivite e no teste de controle de asma em relação aos valores basais dos pacientes no grupo experimental e no grupo controle (p < 0,05), o que permaneceu verdadeiro após 12 e 24 meses de acompanhamento. Não foram observadas diferenças significantes nos escores da escala visual analógica e nem no questionário de qualidade de vida para conjuntivite ou no teste de controle da asma entre os dois grupos de tratamento em qualquer momento do acompanhamento pós‐operatório (p > 0,05), enquanto a gravidade da tosse foi significantemente reduzida no grupo experimental em relação ao grupo controle (p < 0,05).

Conclusão

A neurectomia nasal posterior pôde ser feita com segurança com ou sem neurectomia faríngea para o tratamento eficaz da rinite alérgica. O tratamento combinado com neurectomia nasal posterior e neurectomia faríngea pode oferecer mais benefício do que a neurectomia nasal posterior isolada para o tratamento de pacientes com rinite alérgica e tosse crônica.

Palavras‐chave
Rinite alérgica; Neurectomia nasal posterior; Ramos faríngeos do gânglio pterigopalatino; Tosse crônica; Asma

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Sede da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Av. Indianópolia, 1287, 04063-002 São Paulo/SP Brasil, Tel.: (0xx11) 5053-7500, Fax: (0xx11) 5053-7512 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@aborlccf.org.br