RESUMO
Introdução:
A utilização de dispositivos portáteis, que avaliam a tonometria arterial periférica, surge como método adjuvante para avaliação e diagnóstico da síndrome da apneia obstrutiva do sono.
Objetivo:
Avaliar a acurácia da tonometria arterial periférica no diagnóstico da apneia obstrutiva do sono.
Método:
Estudo de coorte contemporânea com corte transversal. Trinta pacientes com suspeita de apneia obstrutiva do sono foram submetidos a tonometria arterial periférica e a polissonografia noturna assistida simultaneamente.
Resultados:
A média do índice de apneia/hipopneia pela tonometria arterial periféricafoi significativamente maior do que a da polissonografia (p < 0,001), porém os valores de ambos os estudos do sono foram significativamente correlacionados (r = 0,762). Houve alta correlação entre as variáveis: saturação mínima de oxigênio (r = 0,842, p < 0,001), saturação de oxigênio < 90% (r = 0,799, p < 0,001) e média de frequência cardíaca (r = 0,951, p < 0,001). A sensibilidade e especificidade foram 96,2% e 60% (AUC: 0,727, p = 0,113), respectivamente, quando limiar de 5 eventos/hora. Nos casos graves (≥ 30 eventos/hora), o resultado foi uma sensibilidade de 77,8% e uma especificidade de 86,4% (AUC: 0,846, p = 0,003).
Conclusão:
A tonometria arterial periférica é um dispositivo portátil útil no diagnóstico da apneia obstrutiva do sono e sua acurácia é maior nos casos moderados e graves.
Palavras-chave:
Polissonografia; Síndromes da apneia do sono; Diagnóstico