Resumo
Introdução:
A tireoplastia tipo 1 é feita para melhorar o fechamento da glote e os sintomas disfágicos em pacientes com paralisia unilateral de prega vocal.
Objetivo:
Comparar a motilidade da faringe e do esfíncter esofágico superior (ponto levantado nos comentários do revisor) em pacientes com paralisia unilateral de prega vocal antes e depois da tireoplastia tipo I.
Método:
Foram estudados prospectivamente 15 pacientes com paralisia unilateral de prega vocal submetidos à tireoplastia tipo I. Os indivíduos foram divididos de acordo com a topografia da lesão do nervo vago e presença de disfagia. A manometria de alta resolução foi feita antes da cirurgia e 30 dias após. Foram registrados os parâmetros manométricos de tempo e pressão na topografia da velofaringe, epiglote e esfíncter esofágico superior.
Resultados:
A disfagia estava presente em 67% dos pacientes. Dos pacientes, 63% apresentaram lesões vagais mais baixas. Os parâmetros manométricos não se alteraram após a tireoplastia em toda a população. O grupo de pacientes disfágicos, no entanto, apresentou aumento da pressão residual no esfíncter esofágico superior após a tireoplastia (1,2 vs. 5,2 mmHg; p = 0,05). Pacientes com lesão vagal baixa desenvolveram pressão de pico mais alta (100 vs. 108,9 mmHg; p ≤ 0,001); menor tempo de elevação (347 vs. 330 ms, p = 0,04); e aumento do upstroke (260 vs. 266,2 mmHg/ms; p = 0,04) na topografia da velofaringe após a tireoplastia.
Conclusão:
A motilidade faríngea é afetada pela tireoplastia tipo I em pacientes com disfagia e lesão vagal baixa.
PALAVRAS-CHAVE
Esfíncter esofágico superior; Distúrbios de deglutição; Manometria de alta resolução; Paralisia de prega vocal