Resumo
Introdução
Técnicas de timpanoplastia com diferentes tipos de enxerto têm sido usadas para fechar perfurações timpânicas desde o século XIX. A cartilagem tragal e a fáscia temporal são os tipos de enxerto mais usados, com resultados funcionais e morfológicos semelhantes na maioria dos casos. Embora ainda com poucas evidências publicadas, a mucosa nasal tem se mostrado uma boa opção de enxerto.
Objetivo
Comparar os resultados cirúrgicos e audiológicos da timpanoplastia tipo I com enxerto de mucosa nasal e de fáscia temporal em seis meses de seguimento.
Método
Foram selecionados aleatoriamente 40 pacientes candidatos a timpanoplastia tipo I divididos nos grupos enxerto de mucosa nasal e de fáscia temporal com 20 em cada grupo. Os parâmetros avaliados incluíram sucesso cirúrgico, ou seja, a taxa de fechamento completo da perfuração timpânica, e resultados audiológicos; diferença entre o gap quadritonal médio do gap aéreo-ósseo pré e pós-operatório após seis meses da cirurgia.
Resultados
O fechamento completo da perfuração timpânica foi alcançado em 17 de 20 pacientes no grupo mucosa nasal, como também no grupo fáscia temporal. O ganho quadritonal médio do gap aéreo-ósseo foi de 11,9 dB no grupo mucosa nasal e 11,1 dB no grupo fáscia temporal, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos.
Conclusão
O enxerto de mucosa nasal pode ser considerado semelhante ao da fáscia temporal quando se considera o sucesso cirúrgico de pega do enxerto e o ganho audiológico.
Palavras-chave
Timpanoplastia; Mucosa nasal; Ensaio clínico; Procedimento cirúrgico endoscópico