Resumo
Introdução:
Picnodisostose é uma síndrome autossômica recessiva rara que resulta em um metabolismo ósseo anormal e aumenta a suscetibilidade dos pacientes a desenvolver osteomielite. Objetivo: Analisar os fatores de risco associados ao desenvolvimento de complicações nos maxilares (fraturas e osteomielite), assim como suas características anatomoclínicas e abordagens terapêuticas nos pacientes com picnodisostose.
Método:
As buscas foram feitas nas bases de dados PubMed, Web of Science, Scopus, Lilacs e Cochrane. Foram incluídos relatos de casos ou séries de casos que atenderam aos critérios de elegibilidade de acordo com o PRISMA. Os textos completos de 31 artigos foram analisados. Foram selecionados 20 desses artigos, publicados entre 1969 e 2018, e que descreveram 26 casos de osteomielite em pacientes com picnodisostose.
Resultados:
A média de idade dos pacientes foi de 37,84 anos; a proporção do sexo masculino para o feminino foi de 1,36:1. A mandíbula foi o local mais afetado (76,9%). A extração dentária foi o principal fator de risco para osteomielite (61,5%), seguida de infecção (26,8%) e fratura mandibular (23,0%). A antibioticoterapia isolada ou associada a algum procedimento cirúrgico foi o tratamento usado na maioria dos casos (80,7%).
Conclusão:
Os achados desta revisão mostraram que os pacientes com picnodisostose têm maior probabilidade de desenvolver osteomielite dos maxilares após procedimentos cirúrgicos, principalmente na extração dentária, e configura o principal fator de risco para o seu estabelecimento. Além disso, a antibioticoterapia profilática pré e pós-operatória pode prevenir o desenvolvimento de osteomielite em pacientes com picnodisostose.
PALAVRAS-CHAVE
Picnodisostose; Catepsina K; Osteomielite; Diagnóstico; Maxilares