Resumo
Introdução:
A punção não aspirativa com agulha fina tem sido utilizada como primeira linha de investigação no diagnóstico de tumores de cabeça e pescoço, por ser uma técnica simples, custo-efetiva e menos invasiva quando comparada à biópsia.
Objetivo:
Os objetivos deste estudo foram avaliar os resultados de citologia por punção não-aspirativa com agulha fina de linfadenopatias cervicais e estudar os fatores que influenciam a taxa de falha diagnóstica.
Método:
Este estudo retrospectivo foi realizado em pacientes selecionados com linfadenopatia cervical submetidos a punção não aspirativa com agulha fina, seguida por biópsia histológica. Foram estimadas a sensibilidade, especificidade, o valor preditivo positivo e valor preditivo negativo da punção não aspirativa com agulha fina para o diagnóstico de tuberculose. Os fatores de risco dos resultados com falha diagnóstica foram avaliados.
Resultados:
As taxas de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo da punção não aspirativa com agulha fina para tuberculose foram de 83,3%, 83,3%, 78,9% e 86,9%, respectivamente. Das 131 amostras, 47 (35,8%) foram consideradas como falha diagnóstica. Das amostras não diagnosticadas, 84,2% (38 de 47) eram benignas, principalmente devido à tuberculose (30 casos). Entre os fatores estudados, apenas a tuberculose (confirmada pelo exame histopatológico) estava significativamente associada à citologia com falha diagnóstica (p = 0,02, odds ratio = 2,35).
Conclusão:
A tuberculose é atualmente a causa mais comum de linfadenopatia cervical no norte da África. A punção não aspirativa com agulha fina é uma técnica segura e precisa no diagnóstico de linfonodos cervicais associados ao risco de citologia com falha diagnóstica.
PALAVRAS-CHAVE
Cervical; Linfadenopatia; Citologia; Técnica não-aspirativa; Tuberculose